Aquelas mãos me empurram do balanço
que antes restava parado ao som do vento.
E do marrom subo ao céu perene
que no vai-e-vem desaparece dos olhos
mas nunca sai de dentro.
Aquelas palavras que pareciam frear
na verdade impulsionavam
estalavam dedos que salpicavam sangue
manchavam de doce o meu dia-a-dia
É do ímpeto daquela boca rubra
da intensidade que derrama do corpo
que vem a fonte nascida pelo meio
e agarrada por mim como
garoto que abraça correntezas,
dilui certezas
A vontade é de correr atrás
escutar a música sem parar mais
Abrir botões sob o sol
e sentir as mãos dadas
ao mesmo tempo abertas
para mundo que não pára,
só deságua, deságua, deságua
Sem ponto, só cortes, pequenas mortes.
ladeiras de renascimento
que trazem consigo plenitude
carregadas de vazios macios
E uma chuva repentina
ou beijo adormecido daqueles,
junto deles, sopro de vida no topo.
Insignificante e arrebatadora.
Cá estamos, com olheiras
na ilha do universo a ser descoberto
Como mãos de criança
em espuma de mar.
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